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Trump recua e libera celulose brasileira de tarifas para entrar nos EUA

O decreto foi editado por Trump na última sexta-feira, 5

11/09/2025 às 10h43 Atualizada em 11/09/2025 às 16h34
Por: Redação Fonte: Ismael Jales/Isto É
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Foto: Instagram/@realdonaldtrump
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O governo dos Estados Unidos anunciou a entrada da celulose na lista dos produtos isentos de tarifas de importação. Agora, as vendas brasileiras do insumo estão isentas até mesmo das “tarifas recíprocas” de 10% impostas por Donald Trump em abril. Em 2024, o Brasil, maior fornecedor de celulose no mundo, exportou 3 milhões de toneladas para os Estados Unidos.

O decreto foi editado por Trump na última sexta-feira (5). O Instituto Brasileiro de Árvores (Iba), associação que representa os fabricantes de celulose, confirmou a IstoÉ Dinheiro Rural que as isenções começaram a valer na segunda-feira (8).

O produto já havia entrado na lista de exceções das tarifas adicionais de 40% que entraram em vigor em agosto contra produtos brasileiros. Apesar disso, papéis em geral e painéis de madeira seguem com tarifas de 50% e 40%, respectivamente.

Carlos Braga, CEO do Grupo Studio analisa que a decisão de isentar a celulose brasileira do tarifaço mostra que, mesmo em um ambiente global de protecionismo, existe espaço para negociação quando o produto é estratégico.

“O Brasil é um dos maiores players mundiais de celulose, e qualquer barreira nesse mercado teria impacto direto em margens, empregos e investimentos. A retirada da sobretaxa garante maior fôlego às exportações e reforça a importância de o país diversificar acordos e ampliar a previsibilidade para o setor, porque o risco de novas medidas unilaterais sempre existe”, aponta. 

Em abril deste ano, Trump lançou iniciou a imposição de tarifas globais com a justificativa de tentar reverter ou equilibrar uma balança comercial que segundo ele ao longo de décadas tem sido extremamente deficitária para os Estados Unidos.

O republicano acusou diversos países de estarem “se aproveitando” dos EUA, já que vendem muito para os EUA, mas compram pouco do que os americanos produzem, o que não é o caso do Brasil.

*Estagiário sob supervisão

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