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Prefeito Manga e primeira-dama viram alvo em caso de compra superfaturada

A desapropriação ocorreu no ano de 2021, primeiro ano do mandato de Manga

10/12/2025 às 22h49
Por: Redação Fonte: Marcel Scinocca, Wilson Gonçalves Jr, g1 Sorocaba e Jundiaí e TV TEM
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Rodrigo Manga e a esposa, Sirlange Maganhato — Foto: Sirlange Frate/Instagram/Reprodução
Rodrigo Manga e a esposa, Sirlange Maganhato — Foto: Sirlange Frate/Instagram/Reprodução

O prefeito afastado Rodrigo Manga (Republicanos) e sua esposa, a primeira dama Sirlange Frate Maganhato, são investigados na compra fraudulenta do prédio da Secretaria de Educação, localizado no bairro Portal da Colina, na região do Campolim.

A desapropriação ocorreu no ano de 2021, primeiro ano do mandato de Manga. A investigação é feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Ministério Público da área de improbidade administrativa.

Além deles, também são investigados o empresário e amigo do prefeito, Marco Mott, e o ex-secretário de Educação da época da aquisição do prédio, Márcio Carrara.

O caso já possui uma condenação da Justiça contra ex-secretários municipais, um servidor aposentado e dois empresários.

No entanto, é a primeira vez que Manga, Sirlange, Carrara e Mott são apontados como investigados. O caso não têm relação com a Operação Copia e Cola, que culminou no afastamento do prefeito.

Conforme apurado pelo g1 e pela TV TEM, o casal passou a ser investigado em função de conversas de celular com o secretário de Administração da época, Fausto Bossolo, condenado a 23 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de peculato e corrupção na mesma compra.

Outro nome que aparece nas conversas com Bossolo é do empresário Marco Mott. Em 2023, o jornalismo da TV TEM divulgou, com exclusividade, a participação de Sirlange e Mott na escolha dos imóveis que seriam usados como sede da Secretaria de Educação.

Além de Bossolo, também foram condenados Paulo Henrique Marcelo, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, o engenheiro aposentado Areobaldo Negretti e os empresários Arthur Fonseca Filho e Renato Machado de Araujo Fonseca. Todos eles recorreram da decisão e respondem em liberdade.

De acordo com a sentença de condenação, Fausto Bossolo e Paulo Henrique Marcelo foram responsáveis por conseguir um laudo no valor de R$ 29,8 milhões. O primeiro documento, realizado pela Prefeitura de Sorocaba, sugeria o valor de R$ 19 milhões no imóvel.

Ainda conforme a decisão da Justiça, o engenheiro Areobaldo Negretti, que não fazia parte do setor responsável por esse tipo de documento, aceitou fazer outro laudo com valor superfaturado.

Areobaldo disse que recebeu R$ 20 mil de Bossolo e Paulo pelo documento que elevou o preço do imóvel, incluindo informações falsas sobre o prédio, como a presença de elevadores de alta velocidade, heliponto e amplo estacionamento. O dinheiro da propina foi devolvido aos promotores do Gaeco em um envelope lacrado.

O que dizem prefeitura e investigados
Todos os investigados foram procurados pelo g1 e pela TV TEM para se manifestar sobre a questão. Rodrigo Manga e Sirlange Frate afirmaram, por meu de sua assessoria, que as respostas viriam pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Prefeitura de Sorocaba. A Secom não se manifestou. O mesmo ocorreu com Marco Mott e Carrara.

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