
Principal polo industrial do grupo General Motors no país, a fábrica de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), terá uma nova suspensão de contratos de trabalho no próximo dia 22 de dezembro. A medida afetará cerca de 650 trabalhadores dos 2 mil atuais.
A informação foi divulgada pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da região, Valcir Ascari. Ainda de acordo com ele, o novo layoff terá duração inicial de dois a cinco meses, com possibilidade de prorrogação, conforme informado aos funcionários nesta semana.
A medida será acompanhada das tradicionais paralisações de fim de ano e de um período de férias coletivas entre 5 e 16 de janeiro, podendo estar ligada à adaptação da planta para a produção do novo SUV cupê derivado da família Onix. O modelo, que resgatará o nome Sonic, foi confirmado pela empresa no início de novembro. O novo carro, como já se sabe, utilizará boa parte das soluções empregadas no hatchback e no sedã vendidos hoje.
Com produção de quase 5 milhões de veículos desde sua inauguração, em julho de 2000, a planta foi construída inicialmente para o Celta, mudando conceitos da indústria naquele momento e alocando o máximo de fornecedores ao redor da unidade para otimizar tempo e custos. Desde 2012, a fábrica é responsável pela produção do Onix e de seu derivado sedã.
Entramos em contato com a General Motors do Brasil em busca de um posicionamento oficial sobre o assunto. Assim que obtivermos uma resposta, atualizaremos a nota com a fala do grupo.
O que já sabemos do novo Sonic
Continuando com sua política de resgatar nomes, a Chevrolet confirmou oficialmente que seu novo SUV cupê será chamado Sonic. O batismo esteve presente na década de 2010 em uma família de compactos premium oferecida no país entre 2012 e 2014. Na época, o modelo era importado do México em versões hatch e sedã e se posicionava acima de Onix, Prisma e Cobalt, produzidos localmente.
Embora utilize a mesma base do Onix hatch, o SUV terá balanço traseiro alongado e tampa redesenhada, inspirada no Equinox EV. A mudança deve ampliar o porta-malas em relação aos 303 litros do hatch. Além do nome, a Chevrolet confirmou que o modelo adotará caimento cupê, possivelmente seguindo a lógica do Volkswagen Nivus em relação ao Polo. O visual deve incluir capô elevado, grade larga e conjunto óptico dividido, como nos lançamentos mais recentes da marca.
Sob o capô, a principal aposta é o motor 1.0 turbo de três cilindros, com câmbio automático de seis marchas. Versões mais acessíveis podem usar o 1.0 aspirado, enquanto uma futura variante mais potente deve adotar o 1.2 turbo com injeção direta do Tracker, ampliando o portfólio da marca.
Flagras recentes indicam que o modelo seguirá a receita dos SUVs compactos atuais também nos equipamentos. Nenhum concorrente direto oferece teto solar, exceto o Fiat Pulse, no qual o item é opcional de R$ 5.000 na versão 1.0 turbo de topo. No Sonic, o protótipo flagrado mostrava apenas o teto pintado de preto, sem o equipamento, reforçando a ausência da opção.
Por outro lado, há sinais positivos. Uma observação mais detalhada do flagrante revela, no para-brisa, um sistema de câmeras, indício de que o SUV poderá trazer alerta de colisão frontal e frenagem autônoma de emergência. Esses recursos ainda não estão disponíveis no Onix nem no Onix Plus, sendo exclusivos do Tracker.
Sem participação no Salão do Automóvel deste ano, a Chevrolet ainda não confirmou quando o novo modelo será revelado. A estreia pública deve ocorrer apenas em meados de 2026, abrindo a janela de lançamentos da marca no próximo ano.
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